Conheça as conexões entre síndrome de burnout e sono
Publicado em 07/07/2022
Identificada pela primeira vez pelo médico Herbert Freudenberger, em 1974, a síndrome de burnout ou síndrome do esgotamento profissional, em português, vem se tornando cada vez mais comum em diversos países.
A busca pela redução de custos de produção nas empresas, a diminuição do número de trabalhadores qualificados contratados, jornadas longas de trabalho e os empregos que apresentam desafios à condição emocional, como na área da saúde, são fatores que entram na conta na hora de avaliar o aumento dos diagnósticos de síndrome de burnout nos últimos anos.
Entre seus principais sintomas estão as queixas de sono: dificuldade para iniciar ou manter o sono ao longo de uma noite inteira.
Apesar dessa conexão, é essencial que o médico consiga identificar as diferenças entre os impactos causados pela síndrome de burnout e pelos distúrbios de sono.
Leia mais a seguir sobre sono e síndrome de burnout.
Entendendo a síndrome de burnout
Como toda síndrome, a síndrome de burnout acarreta sintomas físicos e emocionais, afetando o organismo de diversas maneiras.
Entre os principais sintomas físicos:
- sensação de cansaço físico e mental diário, que não passa, mesmo após descansar em um fim de semana ou feriado
- dores de cabeça frequentes
- dores musculares
- dificuldade de concentração
- queixas de sono
- problemas gastrointestinais, como dor de estômago, enjoo ou náusea
- infecções frequentes devido à queda da imunidade
- mudanças no apetite
- perda ou ganho de peso
Entre os principais sintomas emocionais e psicológicos de síndrome de burnout estão:
- eficácia diminuída no trabalho
- perda da motivação
- negatividade
- impaciência e falta de cuidado com o trabalho
- adotar comportamentos, como chegar atrasado e sair mais cedo do trabalho ou faltar ao trabalho, com frequência
- sensação de fracasso, desamparo e derrota
- diminuição da satisfação e da sensação de realização
Como a síndrome de burnout pode atrapalhar o sono?
A síndrome de burnout pode atrapalhar o sono do paciente de diversas formas. Especialmente por se tratar de uma doença caracterizada pelo excesso de trabalho, que causa esgotamento emocional, a síndrome de burnout pode provocar sintomas contínuos e progressivos, que afetam diretamente a qualidade de sono.
Entre eles, destacamos:
- dificuldade para iniciar o sono
- dificuldade para dormir uma noite inteira, sem interrupções
- ranger os dentes durante o sono
- sentir muito sono durante o dia
- não dormir tempo suficiente
Diagnóstico correto de burnout ou distúrbios de sono
É essencial que o diagnóstico da síndrome de burnout e de seus impactos no sono sejam feitos em instituições e por profissionais especializados, como o Instituto do Sono. Isso porque, a pessoa também pode ter associado outros distúrbios de sono, como a apneia obstrutiva do sono, a narcolepsia, a síndrome das pernas inquietas e o terror noturno.
Ao não conseguir descansar à noite com qualidade de sono, o paciente pode sentir alguns dos sintomas comumente relacionados a síndrome de burnout, como a diminuição da qualidade de seu trabalho, a sensação de cansaço e esgotamento emocional e a redução de sua imunidade, sem que isso seja, necessariamente, a síndrome de burnout.
O diagnóstico de burnout é feito rotineiramente por equipes multidisciplinares envolvendo psicólogos, psiquiatras e neurologistas. Nos casos em que o sono é um fator de queixa do paciente, podem ser solicitados exames, como a polissonografia, para descartar outros diagnósticos que não estão relacionados à síndrome de burnout.
Conte com o Instituto do Sono em sua caminhada por uma vida mais equilibrada e com sono de qualidade.