Fique atento: roncar não é normal
Publicado em 13/01/2021
Conhecer as causas e tratamentos do ronco pode melhorar sua qualidade de vida
O ronco é um ruído respiratório que ocorre durante o sono pela vibração das estruturas da faringe (garganta) durante a passagem de ar. É o principal sintoma noturno relatado por pacientes com apneia obstrutiva do sono, ou seja, além do ronco, esses indivíduos podem apresentar várias interrupções na respiração. As pausas respiratórias repetitivas (apneias) causam má qualidade do sono, tornando os pacientes sonolentos e fadigados. Isso piora a qualidade de vida e o desempenho laboral, aumentando a chance de acidentes no trânsito e de trabalho. Além disso, promovem o risco de desenvolvimento e piora de doenças cardiovasculares e metabólicas.
O que pode favorecer a incidência do ronco?
Existem algumas condições e características que atuam como gatilho para a incidência do ronco nas pessoas. A faixa etária mais avançada, a obesidade, problemas hormonais e alterações estruturais na via aérea superior e na face são os principais fatores de risco. Além disso, o consumo de bebida alcoólica, medicações sedativas e relaxantes musculares também podem agravar o quadro.
Como é feito o diagnóstico do ronco?
O diagnóstico é confirmado, geralmente, por um estudo do sono, chamado de polissonografia, que atualmente pode ser realizado no laboratório de sono ou em casa. Trata-se de um exame não invasivo, em que são monitorados parâmetros de sono e respiratórios. Assim, é possível identificar a quantidade de eventos respiratórios e seus impactos na qualidade de sono.
Conheça os tratamentos mais indicados para o ronco
Por ser uma doença multifatorial, existem várias possibilidades de tratamento, podendo ser clínico ou cirúrgico. O tratamento clínico pode ser realizado através de medidas comportamentais, fonoterapia, aparelhos intra-orais e aparelhos de pressão positiva contínua em via aérea (CPAP).
A fonoterapia inclui exercícios de motricidade orofacial, com o objetivo de fortalecer e readequar a musculatura e estruturas da faringe. Apresenta melhores resultados em casos leves ou moderados e pode ser usada para auxiliar outras terapias.
O uso de aparelhos intra-orais promove um avanço da mandíbula durante a noite, com consequente aumento do espaço respiratório. Os melhores resultados são notados, principalmente, nos casos leves e moderados.
O CPAP é considerado o tratamento mais efetivo para a apneia obstrutiva do sono e em especial recomendado para os casos moderados e graves. Funciona criando uma coluna de ar na garganta e previne a ocorrência de apneias obstrutivas.
Já o tratamento cirúrgico inclui cirurgias da via aérea superior como cirurgias nasais e faríngeas, e cirurgias esqueléticas faciais, em especial para pacientes que apresentem alterações estruturais.
Vale ressaltar que além dos procedimentos médicos, o tratamento também sugere a adoção de algumas medidas comportamentais que incluem evitar dormir na posição supina (barriga para cima), se possível, eliminar, ou pelo menos diminuir consideravelmente, o consumo de bebidas alcoólicas e medicações sedativas, além do controle de peso.
Fique de olho, se você ou alguém da sua família ronca, procure um médico do sono.
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